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Um projeto de conectividade ecológica

As paisagens do Sudoeste Europeu (SUDOE) são compostas por um mosaico de ecossistemas semi-naturais, agrícolas e florestais, interligados.

Em alguns lugares, essa atividade humana fragmentou essas paisagens, fragmentação que pode afetar a biodiversidade em diferentes escalas (dentro de uma floresta, por exemplo, mas também entre várias florestas, ao longo de um rio. ..). Por um lado, pode impedir a circulação de espécies entre espaços naturais e, por outro, afeta as próprias áreas naturais, reduzindo sua qualidade ecológica e funcional.

As espécies (fauna e flora) devem poder circular de um espaço para outro e completar os ciclos biológicos nos seus ambientes.

Essa conectividade ecológica entre florestas e ambientes associados a florestas exige reservatórios e corredores de biodiversidade florestal que permitem que diferentes espécies (flora e fauna) circulem ou migrem.

As áreas arborizadas dos rios desempenham um papel de ligação territorial, estabelecendo "pontes" com espaços terrestres.

Os gestores de ambientes naturais devem integrar essas noções em suas ações para garantir um bom estado de conservação da biodiversidade, compatível com as questões socio-económicas relacionadas ao uso desses recursos (produção de madeira, uso, infraestrutura, ...).

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Objetivos do projeto

Os resultados dos últimos anos de investigação em ecologia da paisagem possibilitaram compreender melhor a necessidade de utilizar abordagens globais para alcançar melhorias reais e duradouras na conectividade de espaços e biodiversidade. Este trabalho também estabeleceu relações causais entre pressões antropogénicas (uso da terra), pressões ambientais (mudanças climáticas) e a resposta de diferentes comunidades biológicas. O conhecimento teórico adquirido ao longo destes anos será capitalizado no projeto, a fim de ser capaz de implantar ações concretas e concertadas para melhorar a qualidade ecológica e conectividade de diferentes áreas do Sudoeste da Europa.

Objetivos do projeto

Como ?

desenvolvendo uma ferramenta comum para caracterizar a qualidade e a conectividade ecológica dos ecossistemas florestais e dos cursos de água no espaço do SUDOE

aplicando esta ferramenta comum em várias áreas para caracterizar a qualidade e conectividade ecológica dos seus ecossistemas florestais e cursos de água e através da realização de acções piloto demonstrativas

fortalecendo a capacidade dos gestores de áreas naturais para conciliar a preservação da biodiversidade com a prestação de serviços prestados por esses ambientes naturais (produção de madeira, atividades de caça, recepção pública, etc.).

transferindo conhecimento sobre a qualidade e a conectividade dos ecossistemas florestais e ripários a diferentes públicos especialistas e não-especialistas

As ações do projeto

Ação 1
Elaboração De Uma Ferramenta Comum De Caracterização Da Qualidade E Da Conetividade Ecológica Dos Ecossistemas Florestais E Ripários Do Espaço SUDOE
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O objetivo é fazer convergir métodos de caracterização de qualidade ecológica e funcional, e conectividade de ecossistemas florestais e ripários para combater a degradação e fragmentação desses ecossistemas,  melhorando ou preservando a sua conectividade atual.

Será definido e testado conjuntamente um método compartilhado de colheita remota de dados, classificação e mapeamento de biodiversidade florestal e hotspots ripários e corredores biológicos, ou seja, locais ou redes de locais que atendam às condições de movimento de uma ou mais espécies e especialmente entre a floresta e os habitats ribeirinhos.

Está previsto criar e encorajar uma rede de especialistas composta por investigadores e gestores florestais de espaços naturais, no espaço SUDOE que contribuirá com critérios técnicos e científicos.

Será elaborado um documento relativo estado da arte (compilação, análise, …) dos diferentes trabalhos realizados sobre caracterização de hotspots de biodiversidade, integridade ecológica, conectores ecológicos (rede verde e azul) e pontos negros. As informações serão recolhidas apartir da literatura científica e técnica e para diferentes escalas de trabalho.

Será definida uma metodologia comum e será selecionado um conjunto de indicadores que permitirão a caracterização da qualidade e conectividade dos ecossistemas florestais e fluviais.

Ação 2
Projetos Piloto Demonstrativos de Melhoria Da Qualidade E Conetividade Dos Ecossistemas Florestais Incluindo os Bosques Ribeirinhos

Trata-se de aplicar o conhecimento metodológico comum elaborado anteriormente em várias áreas representativas do espaço SUDOE.

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Com base nos resultados obtidos nos casos de estudo, os parceiros realizarão ações de intervenção, gestão e consciencialização locais, a fim de melhorar a qualidade dos ecossistemas envolvidos e / ou melhorar a conectividade ecológica.

As ações demonstrativas a partir das quais se fará a formação dos gestores interessados também servirão de suporte para a organização de vários dias de intercâmbios técnicos.

Este método deve caracterizar a qualidade e a conectividade ecológica de vários tipos de habitats naturais (floresta e riparia) e a diferentes escalas espaciais.

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Ação 3
Definição De Estratégias Comuns De Gestão Concertada De Ecosistemas Florestais E Ripários Do Espaço Sudoe

Este trabalho assumirá a forma de um manual de recomendações ou diretrizes de gestão destinado aos diferentes atores envolvidos na gestão dos ecossistemas florestais e ribeirinhos, a saber:

Por fim, serão organizados seminários nos locais demonstrativos da ação anterior.

Folhas informativas completarão este manual apresentando uma série de casos práticos para melhorar a qualidade dos espaços naturais e corredores ecológicos. Esta informação de referência irá apoiar e complementar os planos de gestão de espaços naturais e outros documentos de gestão.

proprietários florestais, gestores de áreas naturais, administrações responsáveis ​​pelo planeamento e gestão florestal e biodiversidade, centros de pesquisa, ONGs ...

O objetivo é fortalecer a capacidade dos gestores de espaços naturais para conciliar a preservação da biodiversidade e dos ecossistemas com a prestação dos serviços ecossistémicos prestados por esses recursos naturais (produção de madeira, caça, lazer, ...). Por esta razão, planeia-se utilizar todas as informações recolhidas anteriormente, todos os resultados provenientes do trabalho metodológico, científico e técnico anteriores, a fim de propor recomendações para gestores.

Ação 4
Comunicar Sobre A Qualidade Dos Ecossistemas Florestais E Ripários E A Conetividade

O objetivo da comunicação é tornar as atividades do projeto conhecidas pelos públicos-alvo (autoridades, proprietários de florestas, público em geral ...). Uma comunicação eficaz a esse respeito ajudará a aumentar a consciencialização sobre questões relacionadas à qualidade dos habitats naturais, à conectividade ecológica, aos papéis dos gestores das áreas naturais e dos representantes eleitos locais e aos serviços ecossistémicos fornecidos pelos ambientes naturais.

Assim, um Congresso Internacional sobre a Conectividade dos Ambientes Naturais será organizado em 2020 para apresentar o trabalho realizado no âmbito do projeto CERES e, assim, participar na divulgação dos resultados e conhecimentos adquiridos durante a implementação do projeto.

Vários meios de comunicação também serão produzidos para divulgação  da importância da continuidade ecológica dos ambientes florestais e ribeirinhos e sobre o papel dos gestores na manutenção da qualidade das áreas naturais:

  • Brochura explicativa

  • Vídeos para o público em geral

  • Presença em redes sociais

  • Boletim Semestral (eletrônico)

  • Nota de imprensa                                                                         

  • Dias destinados ao público em geral para divulgar as ações do projeto e questões relacionadas à qualidade e conectividade ecológica

  • Documento de divulgação sobre o que será alcançado e os principais resultados do projeto

INTERREG SUDOE

O programa INTERREG SUDOE

O programa SUDOE (para o Sudoeste da Europa) faz parte do objectivo europeu de cooperação territorial, conhecido por INTERREG. Este objectivo é financiado por um dos fundos europeus de política regional: o Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER). O período atual do programa vai de 2014 a 2020.

O programa Interreg SUDOE apoia o desenvolvimento regional no Sudoeste da Europa, financiando projectos transnacionais entre a França, a Espanha, Portugal e Gibraltar (ver mapa da área do programa). Promove a cooperação para abordar questões comuns às regiões de todo o território abrangido, seja investigação e inovação, competitividade das PME, poupança de carbono, luta contra as alterações climáticas e riscos naturais ou preservação e gestão ambiental e eficiência de recursos.

Para mais informações, assista a este vídeo e visite o site do programa https://www.interreg-sudoe.eu

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